O meu nome é Afonso Duarte, tenho 18 anos e venho da Paróquia de São Nicolau.

Foi-me pedido que escrevesse sobre aquela que tem sido a minha experiência neste Seminário. Na verdade, o testemunho que posso dar é um testemunho de alegria, de alguém que se sente profundamente amado e chamado por Deus.

De facto, Deus ama-me a mim e a cada um de nós. No seminário sinto-me permanentemente convidado a viver esta experiência de me reconhecer profundamente amado por Nosso Senhor. E isto concretiza-se de diversas e variadas formas, das quais destaco os momentos de oração, que acompanham todo o dia; a direção espiritual, onde recebo, por meio da Igreja, a oportunidade de crescer como homem e como cristão; a Confissão, Sacramento essencial à vida espiritual; e, sobretudo, a Santa Missa, momento central do nosso dia e onde este amor divino se concretiza na renovação do sacrifício pascal. Por tudo isto, posso dizer que aquela verdade que muitas vezes sabemos só na teoria: “Deus é amor”, torna-se, para mim, visível em cada dia passado no Seminário.

Em segundo lugar, e como referi anteriormente, Deus chama. A mim, chama-me a entregar-me plenamente em tudo o que faço. Chama-me a servir os meus irmãos todos os dias. Chama-me a confiar na Igreja e naquilo que ela me oferece. Chama-me a fazer do estudo e do trabalho um instrumento de santificação. E, de uma forma mais intensa, Deus tem me chamado a ouvi-Lo, a conhecê-Lo, a crescer na intimidade com Ele. Na vida de seminário, isto concretiza-se através de uma abundante leitura e meditação da Palavra de Deus e também da dedicação de uma boa parte do meu dia ao diálogo com Nosso Senhor, diante do Sacrário.

Há muitas dimensões da vida nesta casa que poderia apresentar e, no entanto, decidi falar unicamente de Deus. Ele é a razão pela qual eu estou aqui… pela qual todos nós estamos aqui! E é a certeza disso mesmo que provoca a alegria que mencionei no início deste testemunho.

Peço-vos que rezem por todos nós, seminaristas, para que, reconhecendo o amor de Deus, sejamos também nós capazes de amá-Lo; e para que, escutando o Seu chamamento, sejamos fiéis ao cumprimento da Sua vontade.

Termino dizendo que, apesar de todas as minhas faltas e imperfeições, posso dizer com sinceridade que aqui, neste Seminário, sou da Igreja e sou de Deus. E, por isso, sou seminarista.

Testemunho na Vigília de Oração pelos Seminários – 14 de novembro de 2019