Fazer missão com um seminarista

Ir em missão é um acontecimento muito gratificante, é um projeto que Deus nos coloca na vida, de forma a nos encontrarmos com o próximo. Ir ao encontro de uma comunidade e servir, realizar o plano que Deus nos propõe, faz-nos sentir completamente felizes.

Realizar o projeto Missão País é algo que muitos jovens universitários ambicionam. Abdicar de uma semana nas nossas vidas em prol de alguém, conjugando o encontro com Deus, torna tudo tão mais sincero e verdadeiro. O trabalho realizado pelos missionários é gratificante não só para as pessoas que usufruem do mesmo, mas também para os próprios. Todo este projeto, toda esta semana só é possível através de muito realizado trabalho por parte de outros tantos jovens que contemplam uma equipa nacional, conjugando esse trabalho com o da equipa de chefes de cada missão, dos padres que acompanham os e dos diáconos seminaristas, que nestas missões têm um papel importante.

A presença de um diácono neste projeto, nesta semana de missão, é muito relevante em dois grandes aspetos. O primeiro aspeto a realçar é a forma como o seu trabalho ao longo da semana nos cativa e nos motiva, o seu conhecimento é essencial numa missão onde se requer evangelizar. Ao longo da semana, poder contar com toda a sua contribuição, não em aspetos mais físicos, mas também no sentido em que este entra nas nossas vidas como um guia espiritual, auxiliado pelo pároco presente na missão. A partilha do seu conhecimento, a formação que este nos dá, faz-nos crescer espiritualmente, conseguindo transmitir algo sempre benéfico que possamos transmitir para o nosso dia-a-dia.

O segundo aspeto ao qual gostaria de dar destaque gira em torno da sua vocação. A presença de alguém com idade mais próxima à dos missionários que descobriu tão cedo a sua vocação, é um testemunho de Fé muito grande e gratificante. Ver de perto como alguém vive intensamente a fé, através da sua vocação, torna não só o trabalho, mas também a vida de um missionário completamente diferente, pois este testemunho tão próximo acaba por fazer mesmo a diferença.

A sua presença faz realmente a diferença, e muita dela sente-se na comunidade. As comunidades, por norma, visualizam um padre como alguém mais velho, com mais idade, transmitindo uma ideia de que a própria igreja é envelhecida pois a figura presencial, mais ligada à vida cristã em cada comunidade, ela própria é envelhecida. Neste mesmo aspeto, a presença de um Diácono, neste caso de um seminarista no último ano, numa paróquia mais remota torna tudo completamente diferente, contribuindo imenso para o melhoramento da vida ativa da comunidade, por esta se poder sentir mais rejuvenescida.

Por fim, queria agradecer imenso a disponibilidade de todos os diáconos seminaristas que acompanham todas as missões ao longo do país, que prossigam com o seu excelente trabalho e que o prossigam nas paróquias onde futuramente estarão.

 

Tiago Bernardo, Missões UAlg, 19 de fevereiro de 2020

Share This