SEMINÁRIO DE PENAFIRME

MELIOR EST GRATIA TUA QUAM VITA
DONATIVOS

IDENTIDADE


 

O Seminário de Nossa Senhora da Graça é o Seminário Menor do Patriarcado de Lisboa. Nele cada seminarista experimenta e amadurece a sua relação pessoal com Jesus Cristo, o estudo académico, a vida humana plena e a participação na comunidade.

Os seminaristas residem no Seminário, acompanhados por uma equipa de sacerdotes. Para além de serem alunos do Externato de Penafirme, parte do seu tempo é dedicado ao contacto com comunidades cristãs.

Comunidade que caminha, o Seminário de Penafirme acolhe rapazes que sejam alunos do ensino secundário provenientes quer do Patriarcado de Lisboa quer na vizinha Diocese de Santarém.

Ao dirigir-se aos seminaristas na sua viagem a Moçambique o Papa Francisco dizia: “Tu que ainda te interrogas ou tu que já estás a caminho duma consagração definitiva dar-te-ás conta de que «a ansiedade e a velocidade de tantos estímulos que nos bombardeiam fazem com que não haja lugar para aquele silêncio interior onde se percebe o olhar de Jesus e se ouve a sua chamada. Entretanto receberás muitas propostas bem confecionadas, que parecem belas e intensas, mas com o passar do tempo, deixar-te-ão simplesmente vazio, cansado e sozinho. Não deixes que isto te aconteça, porque o turbilhão deste mundo arrasta-te numa corrida sem sentido, sem orientação, nem objetivos claros, e deste modo se malograrão muitos dos teus esforços. Procura, antes, aqueles espaços de calma e silêncio que te permitam refletir, rezar, ver melhor o mundo ao teu redor e então sim, juntamente com Jesus, poderás reconhecer qual é a tua vocação nesta terra» (Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 277)”

Estas palavras cumprem-se em nós cada dia em que assumimos caminhar guiados pelo lema da casa: “A vossa graça vale mais que a vida” (Salmo 62,4).

HISTÓRIA


 

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Antigo Convento

“Convento velho” é o nome pelo qual se designam as ruínas de um antigo convento que marcou profundamente a história de Penafirme. Segundo a tradição, santo Ancieno, um eremita alemão da Ordem de santo Agostinho, fundou um convento dedicado a Nossa Senhora da Graça, cerca do ano de 840. Todavia, com o decorrer do tempo os efeitos provocados pela proximidade do mar e a movimentação das areias, obrigaram a construção de um novo convento, que veio a ser erguido um pouco mais afastado da praia. É este o actual convento velho, que se julga ter começado a sua construção no ano de 1547 e que terá sido concluído em 1639, sendo ainda melhorado ao longo da primeira metade do século XVIII. Foi destruído em 1755 com o terramoto e o maremoto que o deixaram inabitável, restando apenas as ruínas hoje existentes. Segundo estudos realizados, sabe-se que se tratava de um edifício modesto, encontrando-se ainda vestígios da organização arquitectónica, como o muro que circundava o mosteiro, a igreja e outras dependências. Este mosteiro era um importante local de peregrinação, particularmente na época da celebração anual da padroeira, a 15 de Agosto, dia de Nossa Senhora da Assunção. Em 1755, o convento foi abandonado pela comunidade dos frades agostinhos.

Novo Convento

Em 1535, iniciou-se uma reforma dos eremitas da qual resultou a construção de um outro convento, sendo mais tarde impulsionada pela degradação do convento velho após 1755. A construção deste convento teve início no século XVI, no entanto, houve a necessidade de se realizar uma reconstrução, pois o abalo de 1755 devastou a obra começada, sendo concluído em 1790. Mas ainda antes da sua conclusão a comunidade dos frades veio viver para o novo mosteiro que também foi dedicado a Nossa Senhora da Graça. Trata-se de edifício simples, de pobreza distinta, encontrando-se apenas algumas influências da arte barroca e do estilo Rococó do século XVIII na fachada da igreja e na porta do convento. A igreja é orientada, ou seja, dirigida para nascente, símbolo da esperança dos cristãos pelo advento do Sol Nascente que é Jesus. Em 1834, a extinção das ordens religiosas obrigou os frades a deixarem o convento e saírem do país. O convento ficou abandonado e foi vendido a particulares da região, deixando de ser propriedade da Igreja.

Fundação como Seminário

Depois de um período de transição, a 10 de Outubro de 1934, os proprietários do antigo convento doaram-no à paróquia de A-Dos-Cunhados. Assim, o mosteiro passou novamente a pertencer à Igreja, que entre 1954 e 1958, iniciou a restauração do edifício e a construção de um novo piso, respeitando as linhas arquitectónicas do edifício. Estas obras tiveram em vista a instalação do seminário menor. O seminário foi fundado pelo Senhor Patriarca, D. Manuel Gonçalves Cerejeira e inaugurado a 1 de Dezembro de 1960. Durante esta época, o seminário era ocupado pela equipa formadora de então da qual faziam parte religiosas que para além da sua vida de oração trabalhavam e serviam o seminário. Foi encerrado em 1975, pelas perseguições à Igreja surgidas pela Revolução do 25 de Abril de 1974.

Reabertura como Seminário

Com a passagem de seminário menor a seminário maior do Seminário Patriarcal de São José de Caparide, o Senhor Patriarca, D. José da Cruz Policarpo, forma como seminário menor o Seminário de Nossa Senhora da Graça. Desta forma, a 8 de Dezembro de 1999 o seminário de Penafirme ganhou nova vida, entrando em funcionamento com uma nova comunidade. A presença de vocações religiosas em Penafirme (e em todo mundo) “é uma prova do amor louco de Deus que por amar de uma forma tão sem medida o seu povo faz de algumas das suas ovelhas pastores, para que o apascentem pelas suas veredas”. Esta é a maravilha que representa o seminário. É uma comunidade reunida em nome de Deus que tem Jesus Cristo por cabeça e procura saber se a sua vocação é participar no sacerdócio de Cristo Bom Pastor

SÍMBOLO


 

AZUL e BRANCO: Cores tradicionais evocativas da Virgem Maria e também do Seminário de Penafirme.

AZUL: Evocação do Céu, sinal da intimidade com Deus e das realidades elevadas a que somos convidados a aspirar.

BRANCO: Evocação da Glória e da Graça divinas, dons da Páscoa de Cristo, presentes na Virgem Maria, cume e meta da vida humana.

VERMELHO: Evocação da humanidade, assumida por Cristo no mistério da Encarnação, para a redimir.

MONTE: Evocação de Penafirme.

CRUZ: Evocação do sacerdócio de Cristo, pontífice entre a humanidade e o Céu, e fonte do ministério ordenado.

TRÊS ESTRELAS: Evocação iconográfica de Maria, padroeira do Seminário.

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